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Brasileira Presa Com Drogas Na Indonésia Pede Desculpas Antes Da Sentença
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Ela pode ser condenada a vários anos de prisão, detenção perpétua ou até mesmo a pena de morte.
- Por Anderson Santos
- 31/05/2023 10h14 - Atualizado há 1 ano
Durante a audiência realizada nesta terça-feira (30), a brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, detida por tráfico de drogas na Indonésia, expressou suas desculpas às autoridades indonésias por ter "ofendido o país".
Na Indonésia, qualquer indivíduo flagrado com drogas, independentemente da quantidade, pode enfrentar longos anos de prisão, detenção perpétua ou até mesmo a pena de morte, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.
"Foi uma orientação da defesa. Não existe porte culposo, ela tem que se desculpar, [...] independente se ela for considerada culpada ou inocente", declarou o advogado que representa a família de Manuela no Brasil.
Na semana anterior, o Ministério Público da Indonésia solicitou uma condenação de 12 anos de prisão para a jovem. A sentença final será proferida em 8 de junho por um colegiado de juízes. O advogado de defesa mantém a confiança, mas também se mantém realista diante da situação.
Manuela tem 19 anos e trabalhava como autônoma — Imagem: Reprodução
Manuela, que partiu de Florianópolis com a cocaína apreendida em sua bagagem em dezembro de 2022, continua sob custódia.
O julgamento na Indonésia teve início em abril, dois meses após o indiciamento de Manuela por tráfico de drogas. A jovem brasileira, de 19 anos, foi detida com cerca de 3 quilos de cocaína.
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O que Disse A Defesa
De acordo com o advogado, Manuela foi manipulada para transportar a droga como uma "mula" e foi enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que a atraiu com promessas de férias e aulas de surfe.
Em 27 de janeiro, ela foi formalmente acusada de tráfico de drogas. Após sua prisão, Manuela conseguiu entrar em contato com seus familiares com a assistência da Embaixada do Brasil no país.
Manuela mora em Santa Catarina, próximo à sua mãe, mas também têm casa no Pará, onde seu pai reside. Antes de sua detenção, ela trabalhava de forma autônoma, coo vendedora de perfumes e lingeries.